CNJ lança campanha de combate à violência infantojuvenil
Objetivo é promover uma nova forma de denúncia anônima de abusos e maus-tratos com o gesto de cruzar os dedos
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou, na sexta-feira (10/12), a campanha “Me Proteja”. A ideia de enfrentamento da violência infantojuvenil, que surgiu no Paraná, tem o objetivo de promover o gesto de cruzar os dedos como uma forma de denúncia anônima de abusos e maus-tratos.
O lançamento da campanha foi realizado durante a reunião anual do Fórum Nacional da Infância e Juventude (Foninj). A ação conta com o apoio da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos e da organização Childhood Brasil.
Na ocasião, foi apresentada uma cartilha com informações e objetivos da Campanha “Me Proteja”. Confira o documento na íntegra.
Instituído pelo Conselho de Supervisão e Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), o Comitê Interinstitucional Protetivo elaborou o projeto de sinal gestual em abril de 2020. A proposta foi levada ao Fórum Nacional da Justiça da Infância e Juventude do CNJ e convergiu com a busca que vinha sendo realizada paralelamente no CNJ. Dessa forma, o Foninj instituiu Grupo de Trabalho que elaborou a presente proposta a partir do projeto original do TJPR.
Uma das responsáveis pelo projeto, a Coordenadora Estadual da Infância e Juventude (TJPR) e Presidente do Colégio de Coordenadores dos Tribunais de Justiça do Brasil, Dra. Noeli Salete Tavares Reback, destacou a importância de levar essa ideia, que nasceu no Paraná, para o âmbito nacional por meio do CNJ: “A campanha nacional permite um alcance a esses meninos e meninas que são vítimas de violência. De qualquer tipo de violência, não só a violência física, mas também a psicológica. A gente pretende alcançar essas vítimas que estejam em casa, que possam assistir a campanha pela televisão, ou andando pelo shopping, que vejam a possibilidade de pensar: ‘eu estou em risco, eu preciso de ajuda’.”, acrescentou a Juíza Noeli Reback.
A ideia da Campanha “Me Proteja” foi inspirada na Campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica, que também utiliza uma forma silenciosa de denúncia contra a violência por meio de um sinal vermelho na palma da mão, feito com batom ou qualquer material disponível. Assim, a vítima poderá receber auxílio e acionar as autoridades.
FONTE: TJPR