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Crianças encontram um novo lar com ajuda de programa da VIJ-DF

Crianças encontram um novo lar com ajuda de programa da VIJ-DF

Onze crianças e adolescentes que aguardavam pela adoção no DF estão em aproximação com uma nova família por meio da mediação do programa Em Busca de um Lar. Entre eles estão três grupos de irmãos, um adolescente de 16 anos e uma pré-adolescente, perfis que costumam ser preteridos pelas famílias habilitadas à adoção. A iniciativa desenvolvida pela Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal (VIJ-DF) foi criada para aumentar as chances de adoções, por meio da sensibilização das famílias para o acolhimento fora do perfil majoritariamente escolhido por elas – de adolescentes, crianças mais velhas, grupos de irmãos e meninos e meninas com deficiência ou com graves problemas de saúde.  

Com o auxílio da ferramenta de busca ativa – ação de procurar proativamente famílias em condições legais para adotar –, a iniciativa tem proporcionado o encontro entre pais e filhos por meio da adoção. Em momentos anteriores do Em Busca de um Lar, outros quatro participantes foram acolhidos – uma dupla de irmãos adolescentes, uma menina de 10 anos com deficiência e uma criança de 4 anos com paralisia cerebral. “Esses primeiros resultados reforçam a adequação e a pertinência do projeto e apontam para um futuro promissor que envolve a possibilidade de um número ainda maior de adoções no âmbito do Distrito Federal”, fala Walter Gomes, supervisor da Seção de Colocação em Família Substituta (SEFAM/VIJ-DF). O programa foi iniciado com uma edição piloto em 2019, pausado em 2020 devido à pandemia de covid-19 e retomado em 2021 cercado dos cuidados sanitários. 

Em Busca de um Lar trabalha na diferença entre o perfil desejado pela maior parte das famílias habilitadas a adotar e o de quem espera para ser adotado. Apesar de haver hoje no DF 5 pretendentes para cada criança ou adolescente que aguarda por um lar, existe um desencontro entre o filho desejado e a criança real cadastrada para adoção.

Fatores que dificultam a adoção

Um dos fatores que dificulta o encontro entre as famílias é a idade. Se, de um lado, 85% das famílias buscam crianças só até os 3 anos, de outro, 90% delas têm idade superior à desejada. A situação complica quando a idade passa dos 12 anos: apenas 2% das famílias aceitam acolher aqueles que representam quase a metade do total de meninos e meninas do cadastro.

Outros dois fatores que dificultam o acolhimento pelas famílias é pertencer a um grupo de irmãos ou ter deficiência ou grave problema de saúde. De janeiro a setembro de 2022 foram realizadas 48 adoções, das quais 35 eram crianças sem irmãos, representando cerca de 70% do total. Apenas quatro crianças com questões de saúde e outras três acima de 12 anos foram adotadas no período.

Maior interesse da criança 

Para alcançar o objetivo, o Em Busca de um Lar trabalha com a produção de matérias, vídeos e imagens dos participantes para serem veiculados nas redes do TJDFT e do programa, bem como pelos veículos de imprensa que espontaneamente o apoiam. A ideia é apresentar quem espera pela adoção além de um perfil limitado à idade ou à condição de saúde, propiciando o protagonismo de crianças e adolescentes aptos para adoção. Assim, eles podem compartilhar com a própria voz os desejos e os sonhos com a sociedade – como é a família que imaginam, o que gostam de fazer, o que querem ser quando crescer, etc. 

Os participantes da iniciativa passam por prévia preparação emocional e precisam dar seu consentimento. “É feita uma preparação dessas crianças e jovens, respeitando-se, a todo o momento, suas limitações e suscetibilidades, conscientizando-os de que poderão encontrar ou não a tão esperada família, porém deixando claro que, por parte da Justiça Infantojuvenil, haverá um engajamento sem reservas para que ao final o êxito seja logrado”, explica Walter Gomes. Também é preciso consentimento dos guardiões institucionais das crianças e adolescentes e expressa autorização judicial. Todo o material é produzido pela Seção de Comunicação Institucional da VIJ-DF com acompanhamento de psicólogos e assistentes sociais das entidades de acolhimento a que estão vinculados aos participantes. 

A opção pelo projeto justifica-se pela previsão constitucional de prioridade absoluta dos direitos infantojuvenis, sendo voltados àqueles que estão inseridos em ambiente institucional com menor perspectiva de experimentarem o pertencimento familiar. “Evidentemente que uma ação institucional dessa magnitude, com larga exposição de crianças e jovens, encontra tanto apoiadores quanto opositores”, explica Walter. E continua: “Os que se opõem alegam que não se pode, em nome de uma tentativa de promover a adoção, divulgar de maneira ampla a imagem e história dessas crianças e jovens e que isso também pode cooperar para a produção de falsas expectativas entre eles”, cita o supervisor. “Para os que apoiam, o principal argumento a defender o projeto é o de que se tem, sim, de procurar à exaustão uma família para os que estão privados do afeto e de uma saudável convivência parental e, o mais grave, sendo recusados pelos requerentes habilitados”, defende o servidor.

Como adotar 

Famílias interessadas nos participantes do Em Busca de um Lar devem procurar a VIJ/DF para manifestar seu interesse na adoção – entre em contato mandando sua mensagem pelo WhatsApp para o número (61) 99272-7849 ou para o e-mail embuscadeumlar.vij@tjdft.jus.br. Caso ainda não seja habilitado para adoção, é preciso iniciar o processo – saiba como: https://atalho.tjdft.jus.br/wQt0oO. Pessoas interessadas em adotar adolescentes, grupos de irmãos, crianças e adolescentes com deficiência, doença crônica ou com necessidades específicas de saúde têm prioridade legal na habilitação e na tramitação do processo de adoção.  

FONTE: TJDFT – por DA – SECOM/VIJ-DF

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